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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Os árbitros e a sua relação com os treinadores e os atletas

           
De um curso de Árbitros de voleibol.
Perfil de um Árbitro:
·       Gostar do que faz
·       Ter bons conhecimentos técnicos
·       Honestidade
·       Concentração e atenção
·       Imparcialidade
·       Confiança e serenidade com os jogadores
·       Respeito
·       Correcção
·       Boa apresentação
·       Estabelecer boas relações com todos os intervenientes do jogo
·       Admitir que errou quando se apercebeu de tal
·       Ser soberano nas suas decisões, nunca cedendo a pressões
·       Mostrar grande sentido de responsabilidade
A tudo isto poderemos acrescentar mais uma quantidade de qualidades que podem tornar a sua tarefa mais facilitada:
Condição Física do árbitro de Hóquei em Patins
“ Existe uma forte relação entre as capacidades psicológicas e a performance física dos árbitros. Deste modo, o sucesso ou insucesso de um árbitro depende das suas capacidades físicas (preparação para as exigências de um desporto em particular, técnicas e mecânicas, capacidades visuais) e mentais (confiança, concentração, controlo emocional).”

“Um bom nível de Condição Física, permite ao árbitro maior capacidade de concentração e uma intervenção mais oportuna e correcta nas acções do jogo.”

Por fim do livro leis do Futsal chamo a atenção para a lei 5- o árbitro
·       A autoridade do árbitro
O jogo disputa-se sob o controle dum árbitro que dispõe de toda a autoridade necessária para velar pela aplicação das Leis do Jogo no quadro do jogo que é chamado a dirigir, desde a sua entrada no recinto onde se encontra o rectângulo de jogo e acaba quando o tiver abandonado.

Depois as competências e obrigações que não vou estar aqui a enunciar, mas que podem consultar, e por fim se não estou já ultrapassado nos conhecimentos:
·       Decisões do árbitro
As decisões do árbitro sobre os factos relacionados com o jogo não têm apelo.

Depois de todo este conhecimento sobre os árbitros gostava de fazer um comentário sobre a relação entre árbitros, treinadores e atletas:
Ser árbitro não é tarefa fácil, pois para além de toda a envolvência desde a chegada até ao seu abandono das instalações e apesar de toda a autoridade, ele é quase sempre um alvo em exposição.
A pressão que lhes é imposta pelos adeptos, que na sua maioria vão assistir aos jogos não para verem o espectáculo, mas sim para verem a sua equipa a vencer, torna-se em mais uma dificuldade. Pois tem que manter sempre a serenidade de forma a não perder o controlo emocional.
A parte mais exigente prende-se com o jogo e as tomadas de decisão, que bem ou mal podem condicionar esse mesmo desenrolar do jogo.
Na condução de um jogo, por vezes existem situações de interpretação diferente pelos intervenientes (neste caso árbitro, treinador e atleta.). Se o árbitro como dizia mais atrás, mostrar sentido de responsabilidade, com autoridade, conseguirá de certeza resolver as situações conflituosas e manter o respeito dos intervenientes. Tal como o árbitro o treinador deverá ser conhecedor das regras dos jogos, e transmitir esses conhecimentos os seus atletas, facilitando a tarefa do árbitro.
Conhecendo o temperamento dos nossos atletas também nos cabem a nós treinadores, desenvolver processos de melhoria nas reacções perante situações onde a decisão do árbitro não foi correcta e em nosso favor.
Costumo dizer que quando as decisões são erradas e a nosso favor, ficamos a reclamar e aborrecidos, e se for errada e a nosso favor?
Pela minha experiencia ao longo destes anos, julgo que a atitude mais correcta perante a arbitragem, é deixar que façam o trabalho deles e preocuparmo-nos mais com o nosso desempenho. Já arbitrei jogos e sei o quanto é difícil não errar. Nós treinadores e atletas também erramos, por isso há que deixar os árbitros fazerem também o melhor dentro das suas capacidades.
Para finalizar gostaria de falar na minha relação com os árbitros durante estes 10 anos. Apesar de ter sentido algumas vezes ter sido prejudicado em algumas situações, também não seria correcto não dizer, que também fui em outras beneficiado. Não sou amigo pessoal de nenhum árbitro, mas com aqueles que me conhecem e se chegam perto, a todos respeito e sinto que sou respeitado.
 Nunca fui advertido nem castigado, isto talvez seja o melhor que tenho de registo na minha carreira, pois ainda não cheguei aos títulos.

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