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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Coletividades, um novo ciclo

Uma grande parte das coletividades ligadas ao futsal nasceu em pequenos bairros ou freguesias, muitas delas baseadas em grupos de amigos com alguma habilidade e vontade de jogar futsal.
À medida que os anos foram passando essas pequenas coletividades foram-se transformando em pequenas academias de futsal, aumentando o número de equipas através da formação.
Com os anos as associações viram crescer esta modalidade, duplicando e triplicando o número de atletas. Foi um acontecimento muito rápido, um fenómeno social, uma correria de pais a levarem os seus filhos aos pavilhões para a prática do futsal.
Muitas das direções destas pequenas coletividades, com muito empenho, dedicação e trabalho, contando com alguns apoios do estado e autarquias juntamente com o apoio da população, conseguiram obter a construção de pavilhão próprio.
As coletividades vão passando por vários ciclos da sua existência. Há cerca de 15 anos atrás bastavam dois ou três patrocinadores e o apoio da autarquia para garantirem o normal funcionamento das coletividades.
Com o avançar dos anos e com o aumento das equipas e participantes nos campeonatos, criar condições cada vez melhores para a prática do futsal, o ajustar das competições tornando-as mais organizadas e competitivas, tudo isso foi feito mas os gastos foram-se avolumando.
Como sabemos o País está a atravessar uma grave crise económica e social, e cada vez mais se torna difícil chegar aos apoios quer das autarquias quer das empresas. Então torna-se necessário reorganizar e repensar quais os motivos que movem a coletividade, até porque a razão da sua criação e existência podem agora estar desajustados e já não fazerem sentido.
“ É impossível aplicar receitas de ontem à realidade de hoje e ainda assim prosperar. As condicionantes socioeconómicas do País, e por inerência das autarquias e tecido empresarial exigem uma mudança na gestão do associativismo, um que se liberte da inevitabilidade dos subsídios das autarquias e apoios substanciais de patrocinadores, que se encontram atualmente em enormes dificuldades. Claro que esperamos poder contar com apoios destas entidades, mas numa lógica de auxílio ao funcionamento do clube e não de dependência ou condição para sobrevivência do clube.”     
                 

Como disse atrás talvez esteja na altura de entrar num novo ciclo, portanto é então necessário criar um projeto credível e ambicioso, adaptado criando novos motivos de interesse.
Um dos aspetos novos para a evolução do clube tem a ver com um maior aproveitamento dos Média, a informação e divulgação das coletividades é um bem precioso a explorar, há que ter alguma criatividade neste sentido.   
Um outro aspeto também de grande importância é fazer um maior aproveitamento dos espaços desportivos partilhando atividades de carater cultural, pois esta interação é vital para o desenvolvimento de qualquer coletividade.       

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