Uma grande parte das coletividades ligadas ao futsal nasceu em
pequenos bairros ou freguesias, muitas delas baseadas em grupos de amigos com
alguma habilidade e vontade de jogar futsal.
À medida que os anos foram passando essas pequenas
coletividades foram-se transformando em pequenas academias de futsal,
aumentando o número de equipas através da formação.
Com os anos as associações viram crescer esta modalidade,
duplicando e triplicando o número de atletas. Foi um acontecimento muito
rápido, um fenómeno social, uma correria de pais a levarem os seus filhos aos
pavilhões para a prática do futsal.
Muitas das direções destas pequenas coletividades, com muito
empenho, dedicação e trabalho, contando com alguns apoios do estado e
autarquias juntamente com o apoio da população, conseguiram obter a construção
de pavilhão próprio.
As coletividades vão passando por vários ciclos da sua
existência. Há cerca de 15 anos atrás bastavam dois ou três patrocinadores e o
apoio da autarquia para garantirem o normal funcionamento das coletividades.
Com o avançar dos anos e com o aumento das equipas e
participantes nos campeonatos, criar condições cada vez melhores para a prática
do futsal, o ajustar das competições tornando-as mais organizadas e
competitivas, tudo isso foi feito mas os gastos foram-se avolumando.
Como sabemos o País está a atravessar uma grave crise
económica e social, e cada vez mais se torna difícil chegar aos apoios quer das
autarquias quer das empresas. Então torna-se necessário reorganizar e repensar
quais os motivos que movem a coletividade, até porque a razão da sua criação e
existência podem agora estar desajustados e já não fazerem sentido.
“ É
impossível aplicar receitas de ontem à realidade de hoje e ainda assim
prosperar. As condicionantes socioeconómicas do País, e por inerência das
autarquias e tecido empresarial exigem uma mudança na gestão do associativismo,
um que se liberte da inevitabilidade dos subsídios das autarquias e apoios
substanciais de patrocinadores, que se encontram atualmente em enormes
dificuldades. Claro que esperamos poder contar com apoios destas entidades, mas
numa lógica de auxílio ao funcionamento do clube e não de dependência ou
condição para sobrevivência do clube.”
Como disse atrás talvez esteja na altura de entrar num novo
ciclo, portanto é então necessário criar um projeto credível e ambicioso,
adaptado criando novos motivos de interesse.
Um dos aspetos novos para a evolução do clube tem a ver com um
maior aproveitamento dos Média, a informação e divulgação das coletividades é
um bem precioso a explorar, há que ter alguma criatividade neste sentido.
Um outro aspeto também de grande importância é fazer um maior
aproveitamento dos espaços desportivos partilhando atividades de carater
cultural, pois esta interação é vital para o desenvolvimento de qualquer
coletividade.
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